Jornada muito dura esta 3ª etapa da Volta a Portugal, quase 180 quilómetros de sobe e desce constante entre Boticas e Bragança com muitas dificuldades pela frente. O início da tirada foi marcado por muitos ataques, até porque a estrada empinou logo após o tiro de partida e acabou por formar-se uma fuga enorme com Joseba Lopez, Calum Johnston, Alex Diaz, Edison Callejas, Kieran Haug, Nicolas Tivani, Aleksandr Grigorev, Edgar Curto, Diogo Gonçalves, Tiago Leal, César Guavita, Hugo Nunes e Adam Lewis. O pelotão deixava esta escapada a cerca de 2 minutos enquanto Nicolas Tivani usava a sua ponta final para passar na frente de quase todos os sprints intermédios e contagens de montanha.
A meio da jornada a diferença subiu bastante e chegou mesmo aos 6:30, o que activou os alarmes na Anicolor/Tien21 e a formação comandada por Ruben Pereira foi para a frente do pelotão, retirando muita vantagem à fuga. Haug, Callejas e Johnston ganharam um espaço importante na Serra da Nogueira e foram anulados posteriormente na descida pelos perseguidores, entretanto a Israel decidiu perseguir com mais vigor e reduziu para 1 minuto a diferença dos fugitivos na primeira passagem pela meta em Bragança.
A fuga voltava a dividir-se, ficavam na frente Hugo Nunes, Tiago Leal e Adam Lewis mas no pelotão havia força extra, com APHotels & Resorts / Tavira / SC Farense, Credibom/LA Alumínios e Aviludo-Louletano a reduzirem muito a diferença para a frente. Lewis cedia a 4 quilómetros do fim, numa altura em que Caleb Classen fazia a ponte para a frente, aproveitando as diferenças cada vez mais curtas. O norte-americano chegou e foi a energia que os portugueses precisavam, puxando nos derradeiros 3 quilómetros e levando a decisão para a fuga, pois o pelotão tinha acordado tarde.
Classen lançou o sprint da frente, mas Hugo Nunes estava na sua roda e, com uma ponta final superior, pedalou para a vitória mais importante da carreira. O norte-americano ainda foi 2º à frente de Tiago Leal. O pelotão chegou nos calcanhares destes 3, mas Iuri Leitão já não tinha metros suficientes para ultrapassar os fugitivos e teve que se contentar com o 4º lugar. Pau Martí foi 10º e mantém a liderança da Volta a Portugal.