Temporada bastante positiva da BMC que andou bem durante todo o ano no entanto faltou algo aos seus líderes nas grandes provas do ano para estarem num patamar acima e discutir as provas, como tinha acontecido na época de 2017.



22 foram as vitórias alcançadas esta temporada, numa equipa que continuou a dominar os contra-relógios coletivos, falhou apenas nos Mundiais, e também os contra-relógios individuais com Rohan Dennis. 2018 foi o ano de afirmação para o australiano, novo campeão do Mundo da especialidade, juntando ao título nacional. Ganhou 5 contra-relógios em provas World Tour, incluindo Giro e Tour, num domínio quase absoluto. 7º no Tour de Romandie, 9º no Abu Dhabi Tour e 16º no Giro, evoluiu também na montanha e se continuar desta forma cuidado com o australiano na Bahrain-Merida. O sempre combativo Alessando de Marchi teve uma segunda metade de época fantástica, conseguindo duas vitórias de grande nível, mostrando que ainda está para as curvas. Quem também andou bem na segunda metade da época foi Jempy Drucker que parece ter voltado a encontrar a fórmula para um bom posicionamento e para estar na luta pelas clássicas e pelos sprints.

Após um 2017 estrondoso seria difícil a Greg van Avermaet repetir tais proezas. O belga nem andou mal, ganhando no Tour of Oman e a geral do Tour of Yorkshire, terminando em 2º e 3º as clássicas do Quebec e Montreal, respetivamente, 4º o Paris-Roubaix, a Clássica de San Sebastian e 5º o Tour de Flandres. Analisando friamente, foi um excelente ano do campeão olímpico mas comparando com a temporada anterior não conseguiu apresentar o nível dominador que mostrou. Dylan Teuns também deixou a fasquia bastante elevada e até começou muito bem a temporada, foi 6º no Paris-Nice, mostrando a sua veia de trepador que nunca se tinha visto, mas falhou nas clássicas das Ardenas, onde era dos grandes favoritos. 5º na Volta a Polónia e super-combativo na Vuelta, onde merecia uma vitória em etapa, o belga acabou bem a temporada, sendo 3º na Il Lombardia.



É verdade que Richie Porte andou bem nas provas de uma semana, onde nunca desiludiu (vencedor da Volta a Suíça, 2º no Tour Down Under e 3º no Tour de Romandie) mas voltou a falhar redondamente nas Grandes Voltas. No Tour, mais uma vez, caiu e abandonou, e na Vuelta não estava voltado para a classificação geral. Um desastre neste aspeto. Stefan Kung continua a ser o ciclista que tanto luta pelos contra-relógios como na prova a seguir falha e está longe da vitória. Tem que ser mais regular para ser um dos melhores do mundo, ele que evoluiu bastante nas clássicas do empedrado.

Tejay van Garderen voltou a ser uma nulidade. Até começou bem a temporada com um 3º lugar na Volta ao Algarve no entanto só voltou a aparecer na Califórnia, com um 2º lugar, provas onde costuma andar sempre bem. Muito pouco para um ciclista de quem se esperava muito mais. Esperávamos mais de Alberto Bettiol que teve um ano de estagnação, onde não conseguiu mostrar o porquê de a BMC o ter contratado. A idade já começa a pesar em Nicolas Roche e o irlandês já não está ao mesmo nível de temporada anteriores, sendo agora um importante gregário para os seus líderes.



Nesta série de artigos já falamos da CCC, equipa com quem a BMC se vai fundir. O patrocinador norte-americano vai abandonar o barco e Jim Ochowicz arranjou esta solução. A debandada de ciclista foi evidente, apenas transitam 7 ciclistas, um deles é Greg van Avermaet, que será o grande líder da equipa para a próxima temporada, numa formação onde Amaro Antunes também estará presente e onde nomes como Jakub Mareczko, Patrick Bevin e Serge Pauwels podem ser dos principais destaques.



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