Começamos o nosso habitual ranking das equipas com a melhor formação Continental do ano e desta vez o debate interno foi entre a Li Ning Star e a ATT Investments. Pela primeira vez desde que fazemos esta análise, uma equipa europeia meteu-se na luta por este estatuto e, na nossa opinião, conseguir ser a melhor do seu escalão. Com uma equipa focada nos corredores da Chéquia, a formação checa mostrou que com a prata da casa consegue grandes resultados e muitas vitórias.



 

Os dados

Vitórias: 26 triunfos de nível UCI, todos eles conseguidos no calendário europeu.

Ciclista mais vitorioso: Marceli Bogusławski com 9 triunfos.

Dias de competição da equipa: 118 dias de competição, aproveitando o vasto calendário europeu de competições 2.1 e 2.2.

Idade média do plantel: 25,6 anos, um misto de experiência e juventude, com 4 ciclistas de 20 anos e apenas 3 acima dos 30.

Mais kms: Marcin Budziński foi o único a ultrapassar os 10 000 kms.

Melhor vitória: Marceli Bogusławski até foi quem conseguiu a vitóriade melhor categoria, mas pela prova e pela concorrência vamos com Marcin Budziński no Tour of Rhodes.

 

O mais

Marceli Bogusławski chegou como um reforço importante e não falhou. Proveniente da Alpecin-Deceuninck, o polaco mostrou serviço desde o início da época e terminou com 9 vitórias e 24 top-10. Especialista em prólogos, começou a aproveitar melhor a sua ponta final e a conseguir alguns triunfos em chegadas ao sprint. Dominik Neuman era um dos mais veteranos e mostrou que a experiência traz qualidade. A meio da época subiu muito o nível, conquistou algumas vitórias e foi destaque constante nas provas onde esteve.

Marcin Budziński foi o outro grande destaque da ATT Investments. O polaco é um ciclista muito completo, também muito combativo, e isso foi fundamental para excelentes resultados em clássicas e provas por etapas com alguma dureza. 33 top-10 numa temporada é de grande nível, quase que terminou metade dos dias de competição que teve neste registo. Mostrou que, aos 27 anos, está preparado para outros voos.




 

O menos

Num ano tão positivo, não foram muitos os ciclistas a desudlir. Daniel Turek era o ciclista mais experiente do plantel, teria um papel mais de mentoria para uma equipa relativamente jovem, mas com a sua qualidade seria de esperar mais alguns resultados de relevo, algo que não se evidenciou, terminando a época com poucos top-10. Barnabas Peak prometeu muito enquanto jovem, chegou a estar no World Tour mas tem demonstrado muito pouco. É certo que teve poucos dias de competição, no entanto não é desculpa para o seu fraco rendimento.

Alan Banaszek nem teve um ano assim tão mau, mas para o estatuto que tem devia ter feito mais. Apenas 1 triunfo nos 12 top-10 conseguidos ao longo do ano. Teve temporada em que rendeu bastante mais, talvez comece a acusar alguma veterania e a perder a sua ponta de velocidade que o levou a equipas ProTeam.

 

O mercado

Entradas Saídas
Ciclista Equipa de origem Ciclista Equipa de destino
Tomasz Budzinski Voster ATS Team Alan Banaszek ?
Mateusz Gajdulewicz Mazowsze Serce Polski Jan Bitnner Elkov – Kasper
Miká Heming Tudor Pro Cycling Team Marcin Budzinski MBH Bank CSB Ballan
Kryštof Král Tudor Pro Cycling Team U23 Dominik Dunar ?
Tobiasz Pawlak Voster ATS Team Matyáš Fiala ?
Michał Pomorksi Mazowsze Serce Polski Michael Kukrle Elkov – Kasper
Barnabás Peak MBH Bank CSB Ballan
Daniel Turek ?

De todos os corredores contratados, Mateusz Gajdulewicz é o que mais expectativas pode trazer. Apenas 21 anos, mas top-10 em ambas as provas dos Mundiais do Ruanda, o que mostra que é um corredor muito completo. Está num ambiente muito bom para evoluir e tornar-se ainda melhor. Depois, Tobiasz Pawlak e Michał Pomorksi são dois sprinters a ter em atenção, podem trazer muitos top-10 e algumas vitórias.

Das saídas, destacar a perda de Marcin Budzinski, um dos mais veteranos e, também, um dos que melhores resultados teve. A sua saída tentará ser colmatada com a contratação do … seu irmão Tomasz.




 

O que esperar em 2026?

Já 17 ciclistas confirmados, a espinha dorsal da equipa está confirmada e mantém-se praticamente inalterada. Esperamos mais uma boa temporada da equipa checa, com Marceli Bogusławski a continuar a assumir o protagonismo ao longo do ano. Dominik Neuman tem de ser assumir mais, tem um ano importante pela frente. Piotr Pekala vai ser a peça central para as provas por etapas mais duras, tem a experiência do seu lado, acreditamos em bons resultados ao longo do ano.

Com um plantel tão jovem, um ou outro ciclista de idade mais tenra vai destacar-se, mas é preciso dar tempo aos mesmos para se adaptarem a uma realidade distinta. Apesar de serem apenas provas 2.1 e 2.2 a competividade é enorme. Se tivessemos de ressalvar um nome seria Tobiasz Pawlak.

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