A equipa da Arkéa-Samsic fez a temporada de 2019 no escalão pro continental não atingindo grandes resultados. Após a fase de renovação e de internacionalização, tendo em vista os novos êxitos na próxima temporada, a equipa investiu na entrada de ciclistas importantes para atacar a próxima temporada. O ano não foi a melhor em termos de vitórias, com apenas cinco triunfos.



Os dados

Vitórias: 5

Pódios: 36, com apenas 3 em provas da categoria .HC. André Greipel foi o ciclista com mais pódios, com sete.

Dias de competição da equipa: 223 dias

Idade média do plantel: 28,2 anos

Mais kms: Élie Gesbert, com 12 668 km, em 80 dias de competição.

Melhor vitória: O triunfo de Maxime Daniel na Volta à Comunidade de Madrid



O mais

O chefe de fila Warren Barguil só conseguiu sentir o sabor da vitória nos campeonatos nacionais da França, na prova de estrada. No entanto, foi o atleta com mais top dez, 14 no total, a par de Greipel. Com 734 pontos no ranking UCI, o francês conseguiu fechar top dez na Volta a França. Em Agosto, na corrida do Ártico, na Noruega, Barguil esteve a bom nível, fechando a geral individual no segundo posto. Para além disto, ainda alcançou uma mão cheia de boas prestações em clássicas.

O menos

Os holofotes estavam todos a apontar para André Greipel. A contratação sonante para a época de 2019 revelou-se um fracasso. O “Gorila” apenas conseguiu uma vitória na temporada, na La Tropicale Amissa Bongo. A prova do Gabão não tinha a maior/melhor das concorrências, mas mesmo assim foi incapaz de vencer mais do que uma etapa. Fez alguns top ten, mas andou muito apagado em toda a temporada. A expectativa era alta, tanto da sua equipa técnica, como dos fãs de ciclismo, lembrando que é o ciclista com mais vitórias no ativo, com 156 triunfos.



O mercado

A renovação de equipa está a ser feita para 2020, de forma a ombrear com as equipas do World Tour. A equipa tentou subir de escalão, não o conseguiu, mas o grau de responsabilidade aumentou, com contratações de peso, para atingirem os seus objetivos a que se pretendem. A contratação mais sonante é claramente de Nairo Quintana. O ciclista ex-Movistar vai liderar a equipa na montanha na época que se aproxima. Vai ter a companhia do seu irmão, Dayer Quintana, vindo da Neri Sottoli. A Arkéa contratou mais dois escudeiros para a montanha, com as transferências de Winner Anacona (ex-Movistar) e de Diego Rosa (ex-Team INEOS).

No que toca aos sprints, o investimento também foi grande, com a aposta de um ciclista francês, falamos de Nacer Bouhanni. O sprinter não teve a época mais fácil, onde não conseguiu qualquer vitória. O francês vê aqui, numa equipa da casa, a oportunidade de relançar a carreira.

Para o sprint, a equipa contratou ainda Daniel Mclay (ex-EF Education First), que vai ser certamente um nome importante nas chegadas mais rápidas da próxima temporada. Nas clássicas, a equipa vê-se reforçada por Thomas Boudat (ex- Direct Energie), Benjamim Declercq e Christophe Noppe (ex-Sport Vlaanderen- Baloise).  O polaco Lukasz Owsian chega para ser gregário e ajudar no trabalho da equipa.

A equipa irá integrar dois jovens franceses para a próxima época, Matis Louvel, que estava a estagiar na Groupama-FDJ e Donavan Grondin. Ambos os ciclistas, irão ter a estreia com os elite na próxima temporada.

Até agora, para além dos cinco ciclistas retirados: Amael Moinard, Brice Feillu, Robert Wagner, Maxime Daniel e Jérémy Maison, regista-se apenas a saída de Greipel, para a Israel Cycling Academy.



O que esperar de 2020?

A equipa somou contratações de peso para 2020. Os objetivos passam a ser outros, sendo que continuarão a ter a preocupação de fazer boas prestações nas provas gaulesas. Nairo Quintana e Warren Barguil certamente que irão ser o foco principal nas classificações gerais. Nas chegadas mais rápidas, Bouhanni tem aqui uma hipótese que não irá querer desperdiçar. Não deverão ser das equipas com mais vitórias no final da temporada, contudo, são de certeza uma das equipas em que há maior expectativa para ver em acção, neste início de ano.

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