Dia de prova de elites masculinos nos Mundiais de Kigali, a grande prova destes Campeonatos do Mundo! Partida bem cedo para os 267,5 kms e com uma volta inicial rapidíssima para a formação da fuga que viria a ser composta por Ivo Oliveira, Anders Foldager, Julien Bernard, Menno Huising, Raul Garcia Pierna, Fabio Christen e Marius Mayrhofer. A França tentou armadilhar logo na segunda volta, Julian Alaphilippe esteve ao ataque antes de abandonar precocemente e, depois foi Paul Seixas a estar num grupo perseguidor com Victor Campenaerts, Fred Wright e Isaac del Toro, entre outros, no entanto este grupo viria a ser alcançado pelo pelotão sempre liderado pela Eslovénia e Bélgica.
Volta após volta, os abandonos iam-se sucedendo, com as principais nações a perderem nomes de relevo como Ilan van Wilder na Bélgica e Marc Soler na Espanha. A corrida manteve-se controlada até à saída do circuito principal e chegada ao Monte Kigali. A 104 kms do fim, na volta ao circuito exterior, e ataque de Tadej Pogacar! Movimentação do esloveno, apenas com Juan Ayuso a conseguir seguir, sendo que Isaac del Toro conseguiu fazer a ponte na curta descida que fazia a ligação para o Mur de Kigali. Aí, Del Toro acelerou, Ayuso quebrou e ficaram apenas o mexicano e Pogacar na frente.
Pogacar e Del Toro isolados, mantiveram-se unidos até aos 66 kms finais, altura em que o mexicano ficava para trás, na subida mais longa do circuito final. No grupo perseguidor, depois de muito trabalho da Bélgica e de Evenepoel ter tido dois problemas mecânicos e ter sido obrigado a trocar de bicicleta, viriam a destacar-se o belga, Skjelmose, Pidcock, Hindley e Healy. Um a um, os ciclistas iam cedendo no grupo perseguidor, até Evenepoel ficar sozinho a 20 kms do fim mas a já 1:10 de Pogacar que não quebrava, mantendo um ritmo muito sólido.
Até ao final nada se viria a alterar nos primeiros lugares, Pogacar até foi aumentando a sua vantagem e, tranquilamente, chegou à meta, celebrando a conquista do 2° título mundial de estrada consecutivo. Evenepoel foi 2° a 1:18 e, na luta pelo bronze, Healy deixou Skjelmose para trás na penúltima subida, sendo o melhor dos “normais”. Num top 10 onde Pidcock foi 10° a mais de 9 minutos, Afonso Eulálio esteve brilhante, terminando em 9°, o 2º melhor resultado de sempre de Portugal em Mundiais.