A Ag2r La Mondiale está reunida para um estágio de pré-época nos Alpes franceses e têm vindo a público várias imagens dos ciclistas a fazerem outras actividades, nomeadamente esquiar. Não só as condições são propícias para tal, como muitos ciclistas da equipa são amigos de esquiadores e biatletas, variando assim o treino de pré-temporada.
A equipa também aproveitou para falar com a imprensa sobre os planos para 2019, particularmente as Grandes Voltas. Após analisar o percurso do Giro e do Tour, Romain Bardet, e o director desportivo Vincent Lavenu, decidiram que a melhor opção para o francês de 28 anos é focar-se quase exclusivamente na Volta a França, tal como nas épocas anteriores, excluindo a possibilidade de ir discutir ambas as classificações gerais.
O factor decisivo que convenceu Bardet e Lavenu, para além da evidente importância do Tour para a Ag2r La Mondiale, foram os 27 quilómetros de contra-relógio individual que a prova francesa terá em 2019, um número muito reduzido, que vai de encontro às características de Bardet. Romain Bardet participou em 7 Grandes Voltas na carreira, quase sempre em França, a única excepção ao Tour foi a Vuelta em 2017, e sem grandes resultados.
Os órgãos de comunicação gauleses também noticiam que os líderes para o Giro estão bem definidos. Os escolhidos são Alexis Vuillermoz e Tony Gallopin, 2 ciclistas de segunda ou mesmo terceira linha no panorama das provas de 3 semanas. Nenhum deles terminou qualquer Grande Volta no top 10, e têm algo em comum, o melhor resultado é um 11º posto. Alexis Vuillermoz conseguiu esse 11º lugar precisamente no Giro, em 2014, e Tony Gallopin na Vuelta em 2018, ele que foi uma das boas surpresas da prova espanhola.
Tendo em conta o perfil do Giro em 2019, não seria descabido pensar que Tony Gallopin é uma boa aposta para o top 10. O francês defende-se na alta montanha, adora as jornadas de média montanha (e no Giro há muitas e bem longas) e com os 3 contra-relógios individuais pode ganhar muito tempo à concorrência.