As equipas de Jonathan Vaughters sempre foram formações que nunca que se destacaram muito pelo espetáculo nem pelo número de vitórias, mas 2018 é um ano para esquecer. Somente 6 triunfos e fraco rendimento dos seus líderes em grande parte da temporada.




Na sua estreia no World Tour, o colombiano Daniel Filipe Martinez acabou por ser uma das figuras da equipa e talvez a mais regular. 5º na Colombia Oro y Paz, 7º na Volta a Catalunha, 3º na Volta a Califórnia e 6º na Colorado Classic foram os resultados que mais se destacaram do jovem de 22 anos. Bom contra-relogista tem que continuar a sua evolução na montanha, podendo-se tornar ainda melhor. Michael Woods é um daqueles casos estranhos já que foi 2º na Liege-Bastogne-Liege, ganhou na Vuelta e depois fez um final de temporada fantástico, andando bem nas clássicas italianas, mas no resto da temporada falhou, ou seja, esteve bem quando era necessário.

Rigoberto Uran nem andou mal no entanto esperava-se mais do colombiano que também admitiu ter feito uma época abaixo daquilo que esperava. Deu duas vitórias à equipa, terminando bem a temporada com o 7º lugar na Vuelta, 4º na Il Lombardia e 6º no Tour of Guangxi. Sep Vanmarcke fez uma temporada à sua imagem, muito regular nas clássicas de pavê, conseguindo depois um ou dois bons resultados. A espaços, Hugh Carthy e Joe Dombrowski mostraram o seu potencial enquanto trepadores.




O principal calcanhar de Aquiles da equipa e consequente falta de vitórias deve-se, e muito, ao sub-rendimento dos seus sprinters. É verdade de Dan McLay e Sacha Modolo conseguiram uma vitória cada um na temporada mas isso é muito pouco para sprinters no World Tour. A contratação de Daniel Moreno foi um desastre com o veterano espanhol a não fazer nada de especial durante a temporada. Também esperávamos mais de Pierre Rolland.

Vendo esta fraca temporada da sua equipa, Jonathan Vaughters decidiu apostar forte no mercado, mexendo-se muito. Ao todo saem 7 ciclistas, com destaque para Daniel Moreno, Pierre Rolland e Tom van Asbroeck, que foi o único que andou a bom nível em 2018, e ingressam 10 (!). O nome mais sonante é Tejay van Garderen que chega da BMC após várias temporadas consecutivas de falhanços, onde nunca mais conseguiu mostrar a qualidade que lhe valeram o 5º lugar no Tour. Uma contratação interessante pode ser Tanel Kangert, pois o estónio estava tapado na Astana mas quando lhe davam oportunidades estava sempre lá. Muito bom trepador, regular e capaz de dar resultados à equipa.




Alberto Bettiol está de regresso depois de um ano na BMC, onde evoluiu bastante. Ciclista com uma boa ponta final, que passa bem a média montanha, será importante para ajudar os líderes e pode destacar-se nas provas de uma semana. Quem também está de regresso à equipa é Lachlan Morton. Dois jovens de muito valor são Jonathan Caicedo e Luis Villalobos, ambos trepadores que em 2018 começaram a aparecer perante a elite do ciclismo mundial. Sean Bennett e Sergio Higuita são mais dois jovens, estes com características diferentes, já que têm uma ponta final razoável em grupos restritos, à semelhança de Bettiol, mas que devem ser gregários nos primeiros tempos. Para o bloco de sprinters e também de clássicas, chega Moreno Hofland que nas últimas temporadas não esteve ao seu melhor e procura relançar a sua carreira. Por fim, James Whelan chega da formação satélite da Drapac, numa promoção natural dentro da estrutura da equipa.



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