Ontem Patrick Bevin mostrou que estava aqui para discutir a classificação geral, entrou na fuga do dia e somou 5 segundos de bonificação, apesar do desgaste suplementar que isso acarretou. No entanto, poucos estariam à espera do que aconteceu esta madrugada na Austrália.
Foi mais um dia de muito calor com os termómetros a tocar nos 40 graus. Na fuga do dia houve 2 repetentes, o cazaque Artyom Zakharov e o australiano Jason Lea, que tiveram a companhia do espanhol Jaime Castrillo. O pelotão controlou sempre a distância para a frente, abaixo dos 3:30, com Jason Lea a garantir a camisola de melhor trepador.
Depois de ultrapassados todos os sprints intermédios a fuga o trio decidiu esperar pelo pelotão e foram apanhados a cerca de 50 kms do final. Ainda houve alguns ataques e Mathieu Ladagnous tentou a sua sorte. O grupo principal manteve o francês debaixo de olho e apanhou-o a 3 kms da meta, estava tudo pronto para o sprint final em falso plano em Angaston.
Mais uma vez houve muita confusão e desorganização, acabou por ser a Team Sky, com a Team Sunweb por perto, a entrar na frente nos 1000 metros finais. Seguiu-se uma queda massiva a meio do pelotão a 500 metros e um lançamento de sprint falhado por parte da Mitchelton-Scott. Quem tentou aproveitar a hesitação foi Luis Leon Sanchez, que lançou o seu esforço final bem cedo e ganhou um pequeno espaço.
Max Walscheid estava na roda do espanhol mas não teve pernas e foi Patrick Bevin, vindo lá de trás, a fechar o espaço, com Caleb Ewan e Peter Sagan logo atrás dele. O neozelandês aguentou-se de uma forma incrível e triunfou à frente de Ewan e Sagan. Luis Leon Sanchez só sucumbiu nos últimos 50 metros e foi 8º, Elia Viviani, o anterior líder, entrou muito mal colocado e foi 7º. Ruben Guerreiro foi 35º e Ivo Oliveira terminou em 40º, a ambos foi atribuído o mesmo tempo do vencedor.
Desta forma, Patrick Bevin é o novo líder, com 5 segundos sobre Elia Viviani, 9 sobre Caleb Ewan e 15 segundos de vantagem sobre todos os rivais na classificação geral. Foi o 2º triunfo de Bevin esta temporada (depois dos Nacionais de contrarrelógio) e foi claramente a vitória mais importante da carreira até agora, a primeira no World Tour.