No panorama do ciclismo nacional dos últimos anos é muito raro vermos uma equipa Continental portuguesa que ainda vá competir lá fora em Setembro e Outubro. Para muitas a época termina literalmente após a Volta a Portugal e este ano a realidade só não foi essa porque o Grande Prémio Jornal de Notícias foi colocado em Setembro.




A última equipa portuguesa a fazer uma incursão ao estrangeiro depois do término da “Grandíssima” foi o Sporting Clube de Portugal/Tavira em 2018, quando competiu no Tour of China I e Tour of China II, 13 dias de competição na Ásia. Na altura Alejandro Marque foi a grande estrela da companhia, foi 7º na primeira prova por etapas e levou de vencida o segundo evento.

Esta época a Antarte-Feirense vai repetir, de certo modo, a aventura e esperamos que seja mais uma alavanca que acabar com a mentalidade de que a época acaba em Agosto. Os comandados de Joaquim Andrade vão aproveitar as semi-clássicas francesas para correr no Paris-Chauny, a 26 de Setembro, na Route Adelie de Vitre a 1 de Outubro, na Classique Loire Atlantique a 2 de Outubro e terminar com o Tour de Vendee a 9 de Outubro.




Estas 4 corridas pertencem todas ao circuito europeu, categoria 1.1 da UCI, e todas vão incluir uma mão cheia de equipas World Tour e bastantes formações Profissionais Continentais, sendo um grande teste para a equipa portuguesa. Consideramos que esta é uma excelente aposta e muito inteligente também, permite dar maior experiência internacional aos jovens da equipa, as corridas são relativamente perto de Portugal, o que diminui custos inerentes às deslocações e leva a maior facilidade de adaptação e para além disso a equipa possui alguns ciclistas com boas características para estas clássicas (passam bem a montanha e com boa ponta final) como Rafael Silva e Vicente Garcia de Mateos.

By admin