3ª etapa consecutiva acima dos 200 quilómetros e finalmente um final que não é tão linear. Conseguirão os puncheurs desfeitear os sprinters?

Percurso

Ao 3º dia consecutivo acima dos 200 quilómetros as pernas dos ciclistas já devem sentir o desgaste, desta vez entre Ortobello e Frascati há que cumprir 235 kms. Sem grande história para contar, o final será aberto a ciclistas com características variadas. Na aproximação à cidade localizada perto de Roma haverá uma descida, antes dos 2 kms finais que têm 4,4% de inclinação média e são bem técnicos, com várias curvas. Com rampas de 7% logo a abrir, os 500 metros finais têm 3,8%.

Tácticas

Com 2 kms a 4,4% e o os últimos 1000 metros a rondarem os 5% este final está mesmo no limite para os sprinters. Se não houvessem mais subidas no percurso diríamos que os homens rápidos eram os claros candidatos, principalmente porque ainda só estamos ao 4º dia. Sendo assim, e com tantas colinas pelo meio, há vários cenários possíveis.




A Jumbo-Visma não faz questão de ficar com a camisola rosa, quanto menos desgaste tiver até à fase decisiva da prova melhor. Portanto quem perseguirá? Ackermann, Gaviria, Demare e Ewan podem estar na discussão ou lá perto, um final destes não assenta tão bem em Viviani, e o campeão italiano estará ainda mais motivado depois da relegação de hoje. Ackermann na Volta a Polónia, Gaviria no Vuelta a San Juan, Demare no Paris-Nice, Ewan no Hatta Dam, todos já mostraram que num bom dia podem ganhar num final destes.

Por outro lado temos os puncheurs. Um final deste género seria perfeito para Enrico Battaglin, mas ele caiu hoje e ficou algo combalido. Diego Ulissi é outro candidato, a UAE Team Emirates tem agora menos pressão com o triunfo de Gaviria. Há uma grande indefinição e caso a fuga tenha 7/8 elementos com alguns grandes motores pode eventualmente triunfar.

Favoritos

Diego Ulissi – Está em boa forma, 3º na Fleche Wallone, 2º na etapa do País Basco mais parecida com esta, top 20 no contra-relógio inicial. Por norma o italiano apresenta-se sempre muito bem aqui. Depois de Gaviria a equipa pode sacrificar-se por ele, deixar os sprinters sufocados e esperar que Ulissi consiga finalizar.




Pascal Ackermann – A sua forma era uma incógnita, mas o campeão alemão respondeu assertivamente ontem e hoje, hoje cometeu o erro de começar o sprint final cedo demais. Foi 4º numa etapa da Volta a Polónia de 2018, a chegada era parecida com esta e passaram 4 vezes por lá. Era muito duro.

Outsiders

Caleb Ewan – Nunca foi um sprinter puro, já em sub-23 conseguia passar dificuldades que muitos não conseguiam. Quando Ewan mete na cabeça uma etapa é complicado tirá-la de lá e hoje viu-se que claramente não arriscou tudo. Tem trabalhado para passar cada vez melhor a média montanha.

Davide Cimolai – Cuidado com o italiano que está em excelente forma e é muito regular e muito bom a posicionar-se. Há uns anos no Paris-Nice ganhou precisamente um final destes em que a estrada empinava bem. Sem um ciclista para a geral a Israel Cycling Academy pode arriscar e jogar tudo nesta etapa.




Enrico Battaglin – A grande dúvida é como irá acordar amanhã depois da queda de hoje. Porque é certo que o final lhe assenta bem, uma vitória amanhã pode salvar o Giro da Katusha-Alpecin, que não se adivinha fácil daqui para a frente.

Possíveis surpresas

Fernando Gaviria – A 100% pode estar na luta, ainda assim disse no início da prova que precisava de alguma rodagem, provavelmente estará bem melhor na 2ª semana. Apesar de ter ganho hoje perdeu na estrada para Viviani.

Elia Viviani – Alimentado pela adrenalina após ter sido relegado hoje, o ciclista da Deceuninck-Quick Step pode surpreender amanhã, todos vimos como ele correu depois de ter sido derrotado por Bennett no Giro de 2018.

Arnaud Demare – Tem talvez o melhor comboio aqui presente, mas amanhã as pernas contarão muito. O facto da maioria dos sprinters que está no Giro ir também ao Tour pode fazer com que eles não estejam aqui na plenitude das suas capacidades. Demare não impressionou nestes primeiros 2 sprints.

Francesco Gavazzi – Muito complicado ganhar devido ao calibre dos seus adversários, Gavazzi é ciclista para estar na luta e no top 10.

Juan José Lobato – Um verdadeiro hit or miss, tanto tem uma enorme vitória como faz 100º. Uma coisa é certa, Lobato especializou em finais com uma ligeira inclinação como este.

Marco Canola – Outra carta para a Nippo-Vini Fantini jogar, provavelmente sprintará com Lobato.

Matteo Moschetti – Uma surpresa agradável ao fazer top 10 no muro de Hatta Dam, faz top 10 hoje (podia ser melhor não fosse o bloqueio de Viviani) depois do dia terrível na etapa 2. Muito irregular.




Primoz Roglic – É quase impossível as equipas dos favoritos destruírem o pelotão nas colinas antes do final, mas caso isso aconteça o esloveno é ciclista para dilatar a margem para os rivais.

Thomas de Gendt – Com Ewan sendo um dos grandes favoritos a Lotto-Soudal pode querer não ter a responsabilidade de perseguir e introduzir Thomas de Gendt na fuga seria dois em um-

Enrico Barbin – Sem grandes trepadores na equipa as únicas chances da Bardiani-CSF estão neste tipo de etapas. Barbin passa bem a média montanha e tem uma boa ponta final.

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