O ciclismo não para e o World Tour continua na Polónia, uma prova que serve de preparação para a Vuelta que está quase aí a chegar.

 

Percurso

A 1ª etapa é relativamente simples, curta e plana com 134 quilómetros que têm partida e chegada a Cracóvia.

Katowice recebe o final da segunda etapa, que tem no total 152 quilómetros. Mais um dia acessível, perfeito para mais uma chegada ao sprint.

Prosseguem as jornadas planas e com curta quilometragem, na chegada a Zabrze, mais uma vez com uma chegada em circuito, já é uma tradição na Volta a Polónia.

A montanha aparece ao 4º dia, com uma dura chegada a Slaskie, naqueles muros já tradicionais da Polónia. Com quatro contagens de montanha para aquecer os motores, os 3 quilómetros finais são difíceis, com 1250 metros a 13.15%, seguidos de 2000 metros em ligeira subida.




Na 5ª etapa os ciclistas terão de enfrentar a média montanha, um autêntico rompe pernas com muros bem duros. A 35 kms da meta está uma subida que tem 4 kms a 6.5%, mas na verdade é bem mais dura que os números indicam. Para finalizar há 4 voltas a um circuito de 7.5 kms com um falso plano até à meta.

A verdadeira montanha polaca surge na 6ª etapa, com mais de 3500 metros de acumulado que se fazem, somente, com duas subidas. 5 voltas a um circuito onde a subida de Pitoniovka (2,7 kms a 8.8%), sendo que na última volta fica a 16 quilómetros da chegada. O pelotão saiu do circuito para a subida final, Gubalowka (4,2 kms a 6.7%), cujo topo fica a apenas 2500metros da chegada. A descida termina a apenas 500 metros do fim.

Bukowina é já uma cidade com muita tradição na Volta a Polónia e, mais uma vez, recebe o final da prova. Mais uma etapa em circuito com 3180 metros de acumulado. O circuito contém duas subidas complicadas, que vão ser ultrapassadas por 2 vezes cada uma mas tudo se deve decidir na derradeira escalada. 3500 metros a 5.5% coincidem com a meta em Bukowina Resort.

 

Tácticas

Para ganhar a Volta a Polónia é necessário passar sem problemas as 3 primeiras etapas e depois estar bem nos 4 últimos dias. A organização volta a apostar na média montanha para ter uma corrida animada e aberta, isso resultou na perfeição em 2018, 12 ciclistas terminaram no mesmo minuto e tivemos ciclismo de ataque.




O traçado premeia isso mesmo e promove os ataques de longe por parte de quem é melhor na montanha. Estão em vantagem as equipas muito fortes com um líder (mesmo assim é muito complicado controlar) e as formações com várias opções, que lhes permita infiltrar ciclistas perigosos constantemente em ataques.

 

Favoritos

Um excelente ciclista em clássicas e provas de 1 semana é Davide Formolo. O italiano gosta de atacar de longe e arriscar, este ano já somou grandes vitórias graças a isso, nos Nacionais e na Volta a Catalunha. Faz parte de uma equipa que está a andar muito bem, conhece a prova e com Rafal Majka no alinhamento pode ser Formolo a carta mais ofensiva.




Outra formação que tem arrasado nas competições de 1 semana é a Astana. Com Miguel Angel Lopez a preparar a Vuelta pode ser a oportunidade de Ion Izagirre brilhar, tal como já fez este ano na Volta ao País Basco. O registo do basco nesta corrida é impressionante, fez 2 vezes 2º e 1 vez 1º nos últimos 3 anos em participou, 2013, 2014 e 2015.

 

Outsiders

Será que está uma nova estrela colombiana a nascer? A EF Education First emprestou Sergio Higuita à Euskadi na primeira metade do ano e o colombiano de 22 anos impressionou. E voltou a fazer o mesmo quando terminou a Volta a Califórnia em 2º, já pela formação de Jonathan Vaughters. No entanto a EF Education First tem aqui uma equipa relativamente fraca, Higuita terá de estar mais forte que a concorrência e jogar muito, muito frio, se quiser vencer.

Pavel Sivakov está a ser uma das confirmações de 2019 graças ao seu top 10 no Giro, na primeira vez que correu para a geral de uma Grande Volta. Isso deu-lhe bastante confiança e pode ter um efeito muito positivo na capacidade do russo na segunda metade da temporada, é explosivo quanto baste.




Ao contrário de Michal Kwiatkowski, uma das estrelas da casa está presente, falamos de Rafal Majka. Majka raramente vem a esta prova brincar, 4º em 2013, 1º em 2014 e 2º em 2017. Como já referimos a dupla que formará com Formolo é bastante ameaçadora.

 

Possíveis surpresas

Miguel Angel Lopez é uma grande incógnita, não corre desde o Giro e nas provas de 1 semana é muito irregular, em 2019 venceu 2 delas e foi 28º na outra. No papel o colombiano gostaria de mais alta montanha onde desse para fazer diferenças e tendo em conta que vai liderar na Vuelta veremos se está aqui a 100%. Bjorg Lambrecht está a evoluir lentamente e esta corrida vai de encontro às suas características, um trepador leve e explosivo. A Quick-Step terá 2 cartas com o jovem James Knox e Bob Jungels. O luxemburguês está a fazer uma época abaixo das expectativas mas no papel a Volta a Polónia assenta-lhe muito bem. Diego Ulissi saiu da Volta a Eslovénia muito bem, a prova eslovena tinha subidas bastante complicadas que o explosivo italiano ultrapassou muito bem, não pode ser descartado. A Bahrain chega com 2 líderes de características distintas, o trepador Pozzovivo e o all-rounder Matej Mohoric, têm de jogar ao ataque nas últimas 2 etapas. Outro trepador aqui presente é Mikel Nieve, a oportunidade de liderar a Mitchelton-Scott não chega todos os dias. Amaro Antunes faz a sua prova de preparação para a Vuelta, numa altura de renovações de contratos o ciclista português quer fazer uma boa exibição para ficar no World Tour e tem terreno para isso. Por fim cuidado com Alexandr Vlasov, o jovem russo tem 9 provas por etapas feitas este ano (de alto nível) e somente em 2 delas terminou fora do top 10.

 

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são: Winner Anacona e Antwan Tolhoek.

 

Tips do dia

Para a 1ª etapa: Jakub Mareczko melhor que Sacha Modolo -> odd 2,00 (stake 1)

Para a 1ª etapa: John Degenkolb melhor que Mark Cavendish -> odd 1,60 (stake 2)




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