Época para esquecer para a formação sul-africana da Team Dimension Data. Com um plantel muito dependente das suas grandes figuras, com destaque para Mark Cavendish, estas não renderam ao nível desejado e os resultados foram escassos. Apenas 7 vitórias e somente duas no World Tour.



Não fosse Benjamin King e a temporada da Dimension Data teria sido ainda pior. O norte-americano fez uma Vuelta sensacional, conseguindo triunfar em duas chegadas em alto e estando na luta pela classificação da montanha até ao final. Quem começou a despontar esta temporada foi Ben O’Connor. O australiano de apenas 23 anos foi 11º na Volta a Catalunha, 7º no Tour of the Alps, onde ganhou uma etapa de forma magnífica e corrida para terminar o Giro dentro dos 10 primeiros, mas uma queda a somente três etapas do fim estragaram o sonho de O’Connor.

Não podemos dizer que Serge Pauwels e Edvald Boasson Hagen tiveram boas temporadas mas tendo em conta o cenário da equipa. O trepador belga finalizou algumas provas no top 10 e estava a fazer um bom Tour até cair e abandonar. Já o norueguês não conseguiu dominar as provas caseiras, como tinha feito em 2017 mas esteve sempre na luta, somou vários top 10 e ainda apareceu nas clássicas de pavê.



Segunda temporada consecutiva para esquecer para Mark Cavendish. O seu problema de saúde parece ainda não estar totalmente resolvido e o britânico tarda em voltar ao seu melhor. Na 1ª prova de 2018 entrou logo a ganhar no entanto desapareceu a partir daí. O regresso de Louis Meintjes a uma casa que bem conhece não correu da melhor maneira. O sul-africano foi uma sombra de si próprio e só fez top 10 na Vuelta a Burgos.Tom Jelte-Slagter apareceu no Tour Down Under e desapareceu logo de seguida algo que nem chegamos a ver de Steven Cummings que foi um a menos para a Dimension Data em 2018.

Costuma-se dizer que é com os erros que se aprende e a Dimension Data viu quem 2018 foi mau e para 2019 já se reforçou bastante bem. Das principais figuras, apenas Serge Pauwels e Merhawi Kudus abandonam a equipa e o salto qualitativo dado é enorme. Michael Valgren chega para ser o principal líder das clássicas, ele que para além de excelente puncheur, consegue também discutir as clássicas do empedrado. A experiência de Enrico Gasparotto será fundamental na ajuda a Valgren, mas também podem surgir oportunidades. Estes 2 ciclistas fizeram pódio na Amstel Gold Race deste ano e não há 2 sem 3 e por isso também Roman Kreuziger assinou. Gregário de luxo nos últimos anos, o checo ainda tem capacidade para muito e para além de bom trepador e ajudar os líderes será um caça-etapas.



Em busca de mais vitórias e precavendo uma não melhoria de Mark Cavendish, Giacomo Nizzolo chega da Trek-Segafredo. Sprinter muito regular que pouco ganha mas que depois de um problema de saúde está a voltar ao seu melhor, como se viu no final desta temporada. Os gregários também são importantes e foram contratados Lars Bak, Danilo Wyss, Stefan de Bond e Rasmus Tiller. Por fim, Gino Mader é um nome para o futuro. O suíço foi 3º no Tour de l’Avenir (ganhou duas etapas) e entre os elites fechou a temporada com o 2º lugar no Tour of Hainan. Aos 21 anos, o potencial do suíço é tremendo, tendo tudo para ser um trepador de alto nível.



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