Michael Valgren era uma das principais figuras da NTT Pro Cycling que ainda não tinha contrato para 2021, o dinamarquês correu a Vuelta toda a tentar dar nas vistas e acabou por rubricar um contrato de 2 temporadas com a EF Pro Cycling. Nova aventura na carreira de Valgren, que já passou pela Tinkoff e pela Astana antes de ingressar na NTT Pro Cycling.



Teve um 2018 brilhante ao serviço da equipa cazaque, ganhou a Amstel Gold Race e a Omloop het Nieuwsblad, foi 2º na Bretagne Classic e 4º no Tour des Flandres, nunca mais replicando esse nível de prestações. É um puncheur que adora as clássicas e que obtem muitas das vitórias graças a ataques na altura certa, uma grande mais valia num ciclista deste nível. A EF já tinha uma equipa de clássicas muito forte, e Valgren junta-se a Sebastian Langeveld, Jens Keukeleire, Magnus Cort, Alberto Bettiol e o próprio Stefan Bissegger. Será certamente um dos blocos mais fortes para 2021 e que terá de correr como tal para fazer face a Wout van Aert ou Mathieu van der Poel.

Desde 2015, quando Jempy Drucker entrou na BMC que as oportunidades do luxemburguês são limitadas, foi um gregário de luxo para Greg van Avermaet e, mais tarde, Peter Sagan na Bora-Hansgrohe. Entretanto ainda conseguiu somar 6 triunfos, com destaque para a Prudential Ride London em 2015 e 1 etapa na Vuelta em 2016.



Aos 34 anos assinou para 2021 com a Cofidis, num acordo válido por 1 temporada, uma equipa que já tem um bom bloco de sprinters (Viviani, Consonni, Sajnok) e que certamente vê em Drucker um bom “road captain” e uma boa alternativa para algumas clássicas belgas. Drucker ainda é perfeitamente capaz de alguns top 10 nesse tipo de provas (também graças à sua boa ponta final) e conta com a ajuda de Kenneth van Bilsen, Piet Allegaert ou Jelle Wallays.

Um dos movimentos mais estranhos do mercado até agora foi a ida de Cristian Rodriguez da Caja Rural para a Total Direct Energie. O trepador espanhol que foi 9º na Volta a Hungria e na Volta a Portugal assinou por 2 temporadas e está também assim, em parte, justificada a sua ausência da Vuelta quando estava em excelente forma.

Tem 25 anos, ainda algum espaço para progredir e parecia que ia fazer uma longa carreira na Caja Rural. Na equipa francesa fará parelha com Victor de la Parte, uma dupla com algumas valências na montanha (não esperem mais que alguns top 10) e que será alternativa nas provas espanholas que a equipa gaulesa faça.



Depois de 6 épocas ao serviço da Ag2r La Mondiale, Quentin Jauregui saiu da formação comandada por Vincent Lavenu e assinou até 2022 com a B&B Hotels- Vital Concept. Jauregui é um corredor de 26 anos relativamente discreto, consegue o ocasional brilharete na semi-clássica francesa, mas também é um facto que nem sempre teve muitas oportunidades na Ag2r La Mondiale. Na Vital Concept podem-se abrir mais portas, mas a equipa já tem Coquard e Pacher, para além de ter contratado Hivert, o mais provável é manter o perfil com destaque interno.

By admin