Certamente ninguém esperava este início de etapa da Volta a Itália. O pelotão começou a todo o gás numa zona exposta com algum vento, até já se tinha formado um grupo na frente quando houve uma queda colectiva no pelotão. A queda envolveu cerca de 2 dezenas de ciclistas e muitos deles precisarem de assistência médica, a organização decidiu neutralizar a corrida para frustração dos que já seguiam na frente.




Emanuel Buchmann, 6º à geral, Jos van Emden e Natnael Berhane foram para casa de imediato e Ruben Guerreiro também seria forçado a abandonar, uma pena tendo em conta que o ciclista português até tinha subido para 14º provisoriamente devido ao abandono de Buchmann, e estava em excelente forma.

Quando a corrida recomeçou houve nova luta pela fuga e praticamente os mesmos corredores que tinha fugido anteriormente conseguiram integrar a fuga: Dries de Bondt, Oscar Riesebeek, Simone Consonni, Lars van den Berg, Quinten Hermans, Stefano Oldani, Harm Vanhoucke, Dario Cataldo, Albert Torres, Nikias Arndt, Victor Campenaerts, Max Walscheid, Lukasz Wisniowski, Bauke Mollema e Juan Sebastian Molano.

Alguns ciclistas ainda tentaram sair do pelotão, mas sem sucesso, e eventualmente a Ineos-Grenadiers assumiu a frente do pelotão a um ritmo baixo, atingindo a escapada 12 minutos de vantagem. A discussão pela vitória começou a 25 kms da meta, quando Victor Campenaerts atacou e foi acompanhado por Albert Torres e Oscar Riesebeek. O trio entrou na última contagem de montanha com 30 segundos de vantagem, que conseguiu manter.




Torres cedeu mesmo nos últimos metros da subida e o grupo perseguidor ficou reduzido a Mollema, Cataldo, Vanhoucke, Consonni, Hermans e Arndt. A 3 kms da meta restavam apenas 15 segundos e na última colina Campenaerts ganhou alguns metros face a Riesebeek, que descia pior do que o belga. Riesebeek conseguiu encostar mesmo à entrada do quilómetro final e foi o primeiro a lançar o sprint.

O holandês esteve boa parte do sprint na frente, mas sucumbiu nos últimos 100 metros face a Victor Campenaerts, que conseguiu assim a 3ª vitória neste Giro para a Qhubeka-Assos, depois dos triunfos de Mauro Schmid e Giacomo Nizzolo. Nikias Arndt ganhou o sprint pelo 3º posto. O pelotão chegou a mais de 16 minutos, com João Almeida, que subiu a 13º na geral graças ao abandono de Buchmann.