Após o contra-relógio individual e antes da chegada da montanha, o Criterium du Dauphiné apresentava a última oportunidade para os spritners e puncheurs presentes em França. Um dia de calor, com Pierre Thierry, Jordan Labrosse e Enzo Leijnse a formarem a fuga do dia que, mais tarde, viria a ser reforçada com Benjamin Thomas e Thibault Guernalec. A Lidl-Trek queria manter a fuga por perto e nunca permitiu que a vantagem fosse muito elevada, principalmente na parte mais dura, o miolo da etapa.
Vários corredores, como Tobias Foss, Alex Baudin e Gregor Muhlberger ainda atacaram no pelotão mas nunca conseguiram fazer a ponte para a frente. Na última subida do dia, a 27 quilómetros do fim, a Alpecin-Deceuninck forçou o ritmo, Jonathan Milan chegou a estar descolado mas viria a reentrar no início da descida. Com todas as dificuldades ultrapassadas, mais equipas, como Israel-Premier Tech e Uno-X, juntaram-se à perseguição, e a fuga viria a ser absorvida à falta de 1900 metros.
O pelotão estava muito alongado, seguia a grande velocidade e, tal como na etapa 2, a Lidl-Trek apareceu no momento certo para lançar Milan. Parecia que seria mais um triunfo para o gigante italiano, só que Jake Stewart antecipou o sprint, lançou-se de longe e surpreendeu tudo e todos. O britânico estava muito forte, Milan, por outro lado, não tinha pernas, e rapidamente se viu que iria ficar fora da luta. Stewart fez um fabuloso sprint final, celebrando a primeira vitória da carreira no World Tour, acompanhado no pódio por Axel Laurance e Soren Warenskjold. Milan foi apenas 5º.
Remco Evenepoel caiu já dentro do quilómetro final, sem aparentes consequências, e mantém a liderança do Dauphine à partida para o fim-de-semana de todas as decisões.