Tiago Machado foi, durante muitos anos, um dos representantes de Portugal no estrangeiro e no World Tour. Ciclista muito completo, defendia-se no contra-relógio (onde chegou a ser campeão nacional) e na montanha, por tudo isto era significado de bons resultados. Mais à frente na sua longa carreira, transformou-se num importante gregário, quem não se lembra dos muitos quilómetros que fez na frente do pelotão no Tour de France. Regressou a Portugal para as últimas temporadas e, em 2023, continuará ligado à modalidade como diretor desportivo da Academia EfapelCycling. Deixamos aqui um vídeo que fala da carreira do ciclista natural de Famalicão realizado por um seguidor nosso.

  • Anos como profissional – 18 épocas divididas por 5 equipas: Rádio Popular-Boavista (2005 a 2009 e 2021 e 2022), Team RadioShack (2010 a 2013), Team NetApp (2014), Team Katusha (2015 a 2018), Sporting/Tavira (2019) e Efapel (2020);
  • Nº de vitórias – 4 triunfos, com destaque para o título nacional de contra-relógio e para o triunfo na geral da Volta a Eslovénia de 2014;
  • Nº de Grandes Voltas – 10 presenças, entre 2011 e 2018 fez, pelo menos, uma prova de 3 semanas por temporada. A Vuelta a Espanha destaca-se com 5 participações;
  • Melhor temporada – Pela rápida adaptação a uma nova realidade, destacamos a temporada de 2010, quando se estreia no World Tour ao serviço da RadioShack. Foi 2º no Circuit Sarthe (venceu uma etapa), 3º na Volta ao Algarve e no Criterium Internacional, 4º na Volta a Áustria, 6º no Tour de Romandie e 9º na Volta a Polónia;
  • Total de kms em corrida – 150 702 kms em quase mil dias de competição oficiais;
  • Corrida em que mais vezes participou – Mesmo correndo em equipas estrangeiras, nunca deixou de fazer a Volta ao Algarve, prova onde participou por 17 vezes.




Um nome que vai ficar para sempre ligado ao do ciclismo nacional é Alejandro Marque. Com uma longevidade impressionante, o galego de 41 anos deixa o ciclismo de forma profissional após uma carreira toda ela passada no nosso pelotão. Regularidade era com Marque, o espanhol defendia-se na montanha e apostava sempre no contra-relógio para desferir o ataque final nos seus adversários. Sai de cena, disputando, até ao final, o pódio da Volta a Portugal.

  • Anos como profissional – Um total de 19 épocas divididas por 7 equipas, Boavista (2004, 2005 e 2011), Imoholding – Loulé Jardim Hotel (2006), Madeinox – BRIC – Loulé (2007), Clube Ciclismo de Tavira (2008 a 2010, 2012, 2017 a 2022), OFM-Quinta da Lixa (2013), Efapel (2015) e LA Alumínios (2016);
  • Nº de vitórias – 6 ao todo, 4 delas na Volta a Portugal, incluindo a vitória final em 2013. Por ter sido uma prova no estrangeiro, a vitória na geral da Volta a China II em 2018 merece o seu destaque;
  • Nº de Grandes Voltas – Como nunca correu fora do pelotão nacional, nunca teve a oportunidade de se estrear em 3 semanas;
  • Melhor temporada – Tem que ser 2013, ano em que venceu a Volta a Portugal, conquistando a etapa final em na Guarda, para além de ter sido 3º na Volta ao Alentejo e 8º nos Nacionais de Espanha de contra-relógio;
  • Total de kms em corrida – 90 672 kms cumpridos em competição, divididos por 629 dias de competição;
  • Corrida em que mais vezes participou – Alinhou na Volta a Portugal por 17 vezes, tendo conseguido vencer a Grandíssima no ano de 2013.

 

Micael Isidoro volta a pendurar a bicicleta, desta vez de forma definitiva, aos 40 anos. O português não vai estar muito tempo afastado da modalidade, já que vai liderar o projeto luso-filipino da Victoria Sports, onde será um dos principais responsáveis não só da equipa de elites mas também da equipa sub-23, que terá sede na região do Oeste. Enquanto ciclista foi muito combativo, sempre um corredor de equipa, muito importante dentro da cada plantel.

  • Anos como profissional – 13 temporadas divididas por 7 equipas: Riberalves (2005 e 2006), Vitória-ASC (2007), Fercase-Rota dos Móveis (2008), Louletano (2013 a 2016 e 2021), BAI-Sicasal (2019), Atum General/Tavira (2020) e ABTF Betão-Feirense (2022);
  • Nº de vitórias – apenas 1 triunfo, conseguido numa etapa do Tour of South China Sea;
  • Nº de Grandes Voltas – Não participou em provas de 3 semanas;
  • Melhor temporada – O ano de 2008 foi o melhor da carreira em termos de resultados, para além da vitória já referida no Tour of South China Sea, foi 2º à geral, ;
  • Total de kms em corrida – 47 577 kms divididos por 327 dias de competição;
  • Corrida em que mais vezes participou – Por 17 vezes participou no Troféu Joaquim Agostinho.




Ao contrário dos nomes já referidos, Fábio Fernandes despede-se do ciclismo ainda com uma curta carreira e numa tenra idade. O jovem português deixa a modalidade com apenas 20 anos, depois de um excelente percurso nos escalões de formação, onde se sagrou várias vezes campeão nacional na sua vertente predileta, o contra-relógio individual. Representou a Seleção Nacional por diversas ocasiões, inclusive esta temporada.

  • Anos como profissional – Apenas 2 temporadas, em 2021 na Efapel e em 2022 na Efapel Cycling;
  • Nº de vitórias – Enquanto elite não conseguiu nenhum triunfo, enquanto sub-23 destaca-se a vitória na prova de contra-relógio dos Campeonatos Nacionais de 2021;
  • Nº de Grandes Voltas – Com uma carreira tão curta e realizada toda em Portugal, não teve a oportunidade de fazer provas de 3 semanas;
  • Melhor temporada – É certo que em 2021 foi campeão nacional de contra-relógio sub-23, no entanto, no ano anterior conseguiu dois títulos nacionais, um no contra-relógio junior e outro no campeonato nacional de rampa, pelo que destacamos 2020;
  • Total de kms em corrida – Entre os elites e sub-23, disputou praticamente 4 700 kms;
  • Corrida em que mais vezes participou – Participou na Corrida da Paz e na Volta ao Algarve por 2 vezes.

 

Francisco Marques é outro jovem a deixar a modalidade, este com 22 anos e apenas com uma temporada entre a elite do pelotão nacional. Campeão nacional por duas vezes nos escalões de formação e vencedor de uma Taça de Portugal também nessa fase da sua carreira, Francisco Marques era um ciclista que andava bem em diversos terrenos, um corredor bastante completo.

  • Anos como profissional – Somente 1 temporada como profissional, a de 2022, na LA Alumínios/Credibom/MatosCar, depois de passagens pela Sicasal e Crédito Agrícola-Jorbi;
  • Nº de vitórias – Não conseguiu triunfar entre os elites, enquanto sub-23 somou 2 triunfos importantes, um no GP Portimão e outro no Circuito Anadia;
  • Nº de Grandes Voltas –Não se estreou em Grandes Voltas sendo que, com apenas uma temporada no pelotão nacional, conseguiu cumprir o sonho de realizar a Volta a Portugal;
  • Melhor temporada – A boa temporada de 2021 valeu o salto para a elite, principalmente com a vitória no Circuito Anadia, 6º na prova de estrada dos Nacionais de contra-relógio sub-23 e 9º na Volta às Terras de Santa Maria;
  • Total de kms em corrida – Entre os elites e sub-23, disputou praticamente 5 000 kms;
  • Corrida em que mais vezes participou – Alinhou por 4 ocasiões no Troféu Joaquim Agostinho.

 

Foto: Volta a Portugal



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