Aí está a montanha! Após dois dias mais tranquilos, a classificação geral começa a ser jogada no dia de amanhã.



 

Percurso

Só na 12ª jornada aparece a primeira contagem de montanha de 1ª categoria deste Giro, a entrada na alta montanha faz-se com 158 kms entre Cuneo e Pinerolo. O grande atractivo é a ascensão a Montoso, que ainda fica a mais de 30 kms do final. Com 8800 metros a 9,5% tem muito potencial para fazer diferenças, ainda para mais com várias rampas acima dos 10%. Na aproximação a Pinerolo há uma parte em empedrado, que dá acesso a 500 metros, entre os 2500 e os 2000 metros para a meta, com uma média de 13,2% e rampas de 20%, uma autêntica parede. A descida para a meta é íngreme e apresenta 3 curvas com sinal de perigo. 

 

Favoritos

Apesar da presença da contagem de montanha de 1ª categoria, que pode fazer diferenças na classificação geral, não vemos as equipas dos favoritos à classificação geral a perseguir pois o mais provável é que as diferenças entre estes seja nula e cheguem todos juntos. Desta forma, acreditamos no sucesso da fuga.

A Astana está envolvida na luta pela geral mas é, também, uma equipa que dá liberdade aos seus ciclistas para entrarem em fugas. Uma etapa desta encaixa na perfeição em Ion Izagirre. Muito bom trepador e ainda melhor descedor, o basco já venceu uma tirada parecida com esta no Tour. Está a ter um excelente ano e uma vitória caía que nem uma lufada de ar fresco na equipa cazaque.


Está na hora da Team INEOS aparecer! Numa etapa deste perfil, destaca-se logo o jovem Eddie Dunbar, bom trepador, com alguma explosão, e que vem de boas exibições no Tour of Yorkshire. Veio para substituir Egan Bernal, mas se está presente é porque está em forma. Entrará, facilmente, na fuga e é rápido em grupos restritos.

 

Outsiders

Giulio Ciccone não quererá perder a camisola da montanha e, para isso, é obrigatório estar presente na fuga. Muito ativo no início da competição, os últimos dias têm sido mais calmos para o italiano. É um trepador explosivo, essencial para este tipo de etapas, e se estiver na frente será, com toda a certeza, dos melhores trepadores.

Praticamente toda a equipa da Astana pode estar na fuga e vencer a etapa e, como segunda opção, destacamos Dario Cataldo. Normalmente na sombra dos seus líderes, o veterano italiano é um trepador muito competente, tem facilidade para integrar fugas e em grupos restritos sprinta bem, como se viu no recente Tour of the Alps.

Caso os favoritos discutam a etapa entre si, Primoz Roglic sobressai como o grande favorito. Este ano tem sido quase imbatível em finais deste género já que é muito explosivo e mesmo que chegue num pequeno grupo será sempre dos mais rápidos.



 

Possíveis surpresas

A AG2R veio com o objetivo de ganhar uma etapa, sendo que Alexis Vuillermoz e Tony Gallopin são duas cartas muito válidas para este tipo de final, principalmente o primeiro que é um trepador que também se adapta clássicas e as estes finais. A Androni não deve falhar a fuga desta etapa e após já ter ganho uma etapa Fausto Masnada pode conseguir outra. Um dos bons trepadores da equipa, conta com 3 vitórias no último mês, estando com a confiança em alta. Gianluca Brambilla é uma alternativa a Giulio Ciccone dentro da Trek-Segrafredo. Atenção, ainda, à Mitchelton-Scott, perita em armadilhar este tipo de etapas, podendo colocar na fuga Lucas Hamilton ou, principalmente, Esteban Chaves, como fez no ano passado na primeira etapa de alta montanha. Entre os favoritos, Simon Yates é, em teoria o grande rival de Roglic pois num final idêntico no Tirreno-Adriático conseguiu deixar o esloveno para trás. Richard Carapaz e Davide Formolo podem aproveitar a marcação entre os favoritos para recuperar tempo.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Jan Bakelants e Davide Villella.




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