Depois de dois dias brutais nas montanhas espanholas, é tempo para uma etapa onde os puncheurs e os sprinters mais completos podem brilhar. Será que mais uma fuga terá o seu sucesso?

Percurso

Clássico dia no norte de Espanha com um terreno ondulante durante toda a jornada. A primeira metade é bastante mais dura, com 3 contagens de montanha e mais alguns pequenos topos, o que poderá ser fatal para muitos ciclistas.



O terreno aligeira a 90 quilómetros do fim, fica bastante mais plano, existindo apenas um pequeno topo de 3500 metros a 4,6% mesmo antes do sprint intermédio. Esta última dificuldade termina a menos de 30 quilómetros da chegada, sendo que a partir daqui o terreno é sempre plano até à chegada em Monforte de Lemos.

 

Táticas

Um dia muito longo, praticamente no final de uma Grande Volta, marca sempre os ciclistas e, com o início bastante complicado, é praticamente impossível vermos as equipas dos sprinters mais puros a controlarem. Última grande oportunidade para muitos ciclistas, a luta pela presença na escapada será muita, esperamos ver um grupo muito numeroso na frente.



Aí a luta será entre os sprinters vs puncheurs vs contra-relogistas. Quem levará a melhor? É sempre uma questão complicada, vai depender de quantos elementos da equipa tiver na frente e se conseguir controlar ou não a corrida.

 

Favoritos

Jens Keukeleire está a terminar a Vuelta muito bem, está a subir de uma forma que ainda não tínhamos visto este ano e tem feito um trabalho muito bom para os seus líderes. O belga é um corredor muito completo, sempre se destacou como um bom sprinter e isso pode ser fundamental amanhã.

A Deceuninck-QuickStep não deverá controlar e isso poderá dar uma oportunidade a Josef Cerny. O checo tem um motor impressionante e não deverá ter dificuldades em passar as subidas. Poucas vezes está em fuga, mas quando isso acontece é muito difícil de alcançar.

 

Outsiders

Matteo Trentin tem tentado bastante ao longo da Vuelta no entanto a vitória ainda não sorriu. O italiano está, finalmente, em grande forma e é neste tipo de etapas que costuma render. Apesar da sua excelente ponta final, não costuma esperar pelo sprint, é um corredor ofensivo.



Será desta que veremos Andreas Kron na fuga? O dinamarquês esteve numa das ofensivas de ontem, mostrou vontade, mas depois não foi longe. Várias vezes já referimos o ciclista da Lotto Soudal, as oportunidades começam a escassear e Kron tem que mostrar serviços. Quererá uma corrida mais endurecida.

Michael Matthews tem batido várias vezes na trave, isto depois de ter colocado várias vezes a sua equipa ao trabalho. O australiano parece encontrar sempre alguém mais forte, pelo que poderá ser muito importante ter um companheiro na frente uma vez que ao sprint é muito forte.

 

Possíveis surpresas

Magnus Cort poderá estar a esfregar as mãos por mais uma oportunidade, o dinamarquês adora estes dias e no final de uma Grande Volta costuma render. Florian Senechal também pode ter liberdade dentro da Deceuninck-QuickStep, este perfil faz lembrar uma clássica, provas onde o francês sempre se deu bem. Dentro dos puncheurs destacamos mais dois Deceuninck-QuickStep, desta vez Andrea Bagioli e Mauri Vansevenant, Tom Pidcock, Gianluca Brambilla e Gorka Izagirre. Nos sprinters, cuidado com Luka Mezgec e, quem sabe, se Rui Oliveira não terá uma oportunidade de brilhar. Contra-relogistas como Nelson Oliveira e Jan Tratnik são sempre corredores perigosos se se apanham na frente sozinhos. A parte inicial mais dura poderá levar tanto Romain Bardet e Damiano Caruso a estarem na frente.




Super-jokers

Os nossos super-jokers são Ryan Gibbons e Quinn Simmons.

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