Dia de consagração de Simon Yates em Roma! O britânico irá vencer o Giro mas será um dia de total festejo para a Visma|Lease a Bike com Olav Kooij a triunfar na última etapa ao sprint?
Percurso
Dia final pela capital Roma. 143 quilómetros de consagração, com uma primeira fase da etapa a começar fora do centro, até à chegada ao circuito final ao quilómetro 63. 8 voltas a um circuito citadino com 9500 metros de extensão, um dia para sem grandes dificuldades, quer de orografia, quer na parte técnica.
Falando a chegada, e apesar da reta da meta ter apenas 350 metros, os últimos 1500 metros têm apenas duas curvas que são muito ligeiras, serão feitas a alta velocidade. O final é em ligeira subida, a cerca de 5%, antes de aligeirar nos metros finais.
Táticas
Muitos sprinters já abandonaram mas todos os que estão presentes sofreram a bom sofrer nos últimos dias para poder disputar esta última etapa e tentar mais uma vitória. O facto da etapa ser disputada em circuito vai ajudar os ciclistas a reconhecer a chegada, vão saber como abordar a parte final sem falhas.
Uma longa reta da meta irá favorecer os ciclistas mais potentes, mas tem será importante não arrancar cedo, pelo que a presença de um lançador será fundamental. Não temos tido um grande comboio a dominar, será entre a Visma, Lidl-Trek e Alpecin-Deceuninck, quem guardar forças para a parte final irá tirar vantagem.
Favoritos
Olav Kooij sofreu nas últimas etapas a pensar neste dia. O neerlandês já venceu por uma vez mas para um ciclista da sua qualidade é manifestamente pouco. Contar com Wout van Aert será fundamental, todos vimos o trabalho que fez no dia em que ganhou. Kooij tem de seguir a roda, partindo da frente será difícil de bater.
Em duelo direto, Kaden Groves foi dos poucos que já superou os seus rivais neste Giro. O australiano tende a terminar bem as Grandes Voltas, recupera melhor que a maioria dos sprinters e ter forças para este sprint será importante. O final em ligeira subida até o beneficia, estará confiante das suas capacidades.
Outsiders
Já com a maglia ciclamino no bolso, Mads Pedersen terá menos pressão e, quem sabe, isso não o irá soltar para terminar o Giro com mais um triunfo. O dinamarquês não abranda, ainda continua bastante forte e o facto de contar com Mathias Vacek é muito importante. O final em subida são excelentes notícias.
Casper van Uden tem conseguido atingir a regularidade que lhe falta. Nas duas ocasiões que disputou sprints, venceu e foi 2º. Está a acertar com o posicionamento, veremos se amanhã repete a façanha. Termina, pela primeira vez. uma Grande Volta, pode já estar justo de forças mas, por outro lado, motivado para um último esforço.
A XDS Astana tem sido uma das equipas mais combativas na montanha, porque não vencer ao sprint com Max Kanter? O alemão é um ciclista muito regular, o bom posicionamento é meio caminho para tal. Raramente vence, acreditamos que está às portas de uma grande vitória.
Possíveis surpresas
Sam Bennett – tem sido um Giro para esquecer para o irlandês, sempre muito distante dos últimos lugares. Com Vendrame e Godon tem de estar na frente, ele que já sabe o que é ganhar a última etapa de uma Grande Volta.
Matteo Moschetti – mais um que tem passado ao lado do Giro e de quem tínhamos expectativas. Não se tem posicionado nada bem e isso tem influência no resultado final.
Gerben Thijssen – o talento belga tem aparecido aos poucos, mas ainda longe da sua melhor versão. Num dia perfeito, não nos admirávamos que estivesse entre os primeiros.
Luke Lamperti – sem Paul Magnier, o jovem norte-americano será a aposta da Soudal. O sprint em ligeira subida beneficia Lamperti, veremos como respondem as pernas.
Ben Turner – longe de ser um sprinter, o britânico tem estado na luta. A condição física conta muito e Turner ainda parece bem.
Maikel Zijlaard – caberá ao neerlandês tentar salvar o Giro da Tudor. Mais habituado a ser lançador, quando tem as suas chances não costuma desiludir.
Orluis Aular – vários top-10 mas sempre em etapas mais duras. Pedir mais que isso amanhã já será demais.
Corbin Strong – outro que apenas se destacou nas etapas mais duras. Final relativamente simples, será muito complicado estar na luta.
Giovanni Lonardi – está a ser um Giro discreto para o italiano que, por norma, até costuma ser muito regular. Por vezes, consegue grandes resultados.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Enrico Zanoncello e Luca Mozzato.