A Volta a Portugal está de regresso à estrada e com uma longa ligação entre Torre Moncorvo e Bragança. A cidade de Trás-os-Montes também recebeu finais de etapa em 2015 e 2017, quem será o vencedor desta vez?

Percurso

Passando por perto da fronteira os ciclistas vão viajar entre Torre de Moncorvo e Bragança, nos Trás-os-Montes. Uma ligação de quase 200 kms que será uma grande oportunidade para muitos sprinters. No entanto o dia será tudo menos fácil, com mais de 3500 metros de acumulado. A primeira metade da etapa tem as subidas mais longas, incluindo as 3 contagens de montanha de 3ª categoria.




Mesmo dentro dos 20 quilómetros finais há uma colina não categorizada de 2300 metros a 5,2% que poderá permitir ataques e selecção no grupo principal. Depois a chegada a Bragança é cheia de detalhes, a aproximação é feita numa descida, antes de 300 metros a 6% mesmo antes do quilómetro final, há uma viragem à esquerda e uma última curva à direita a 400 metros da meta, com a recta final a inclinar a 3%.

Tácticas

Quase 200 kms, um sobe e desce constante num terreno complicado de controlar e nenhuma equipa a apresentar um sprinter dominante. Cheira a fuga. Dias importantes aproximam-se e algumas equipas da geral não vão querer desgastar-se em demasia. Em 2017 ganhou aqui Bryan Alaphilippe e em 2015 triunfou Vicente Garcia de Mateos, sempre em sprints com o pelotão compacto. No entanto este ano a aproximação a Bragança é mais complicada.

Favoritos

Com a classificação geral bastante complicada a equipa do Sporting/Tavira mostrou na 5ª etapa que o foco agora é nas etapas. Tendo em conta este traçado o dia pode ser perfeitamente para Aleksandr Grigorev, o russo passa bem a média montanha e tem uma boa ponta final, rola bem sozinho e pode atacar de longe.




Samuel Caldeira e Daniel Mestre já ganharam etapas, e agora o objectivo a W52/FC Porto é garantir a geral, mas não podemos descontar Daniel Mestre num final durinho com este. Vencedor em Castelo Branco, é uma opção para um possível sprint final ou para uma etapa, a sua versatilidade permite à equipa estas 2 opções.

Outsiders

Já ganhou aqui em 2015 e no papel o final é ideal para ele, falamos de Vicente Garcia de Mateos. No entanto o espanhol do Aviludo-Louletano apenas é uma opção em caso de sprint em pelotão compacto, sendo um perigo para a geral nunca o deixarão ir para a fuga.

Uma das equipas que pode assumir o controlo do pelotão é a Rádio Popular-Boavista, que tem em Luis Mendonça a sua principal carta. Teoricamente o ciclista português que esteve suspenso quase 2 meses irá melhorar ao longo da competição e está muito motivado aqui.




Rafael Lourenço tem sido uma das confirmações de 2019, um dos melhores elementos da UD Oliveirense/InOutBuild. Já muito atrasado na classificação geral será a melhor opção dos comandados de Manuel Correia para amanhã, é explosivo e bom em finais inclinados.

Possíveis surpresas

Mais uma etapa que vai de encontro às características de Marco Tizza, parecendo-nos demasiado selectiva para Davide Appollonio caso o ritmo seja acelerado. Entre os sprinters cuidado com August Jensen e Mikel Aristi, é um final bom para as características de ambos e tendo em conta que nem a Israel Cycling Academy nem a Euskadi-Murias estão a lutar pela geral pode eventualmente assumir o controlo da fuga. João Matias e Daniel Freitas são 2 outras boas opções para a chegada a Bragança, nomeadamente Daniel Freitas que se tem vindo a poupar um pouco mais nos últimos dias. Quanto à fuga, há um enorme leque de nomes que é opção, destacamos António Barbio, Josu Zabala, Luis Gomes, Txomin Juaristi e Julen Amezqueta.

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são: Gustavo Veloso e Thibaut Guernalec.




 

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