Na Volta a Portugal mais equilibrada e emocionante dos últimos anos quem riu por último riu melhor e até fez uma festa caseira. Joni Brandão transportou a camisola amarela até Gaia, mas quem saiu com ela da outra margem do Rio Douro, na Avenida dos Aliados completamente em apoteose foi João Rodrigues.
O jovem da W52/FC Porto foi o grande vencedor da Volta a Portugal 2019 num duelo titânico e de emoções fortes, de grandes altos e grandes baixos. João Rodrigues cruzou a meta com 27:31 e passou para a liderança, à frente do seu colega António Carvalho. O pódio na etapa ficou fechado quando chegou Joni Brandão, com um registoinsuficiente para o grande objectivo do ciclista da Efapel. No final festejou a W52/FC Porto na Cidade Invicta, que viu as suas ruas encher de forma abundante para ver o ciclismo.
Gustavo Veloso completou o pódio da classificação geral, ele que também sofreu uma queda, tal como João Rodrigues, e que nem sequer era para vir à “Grandíssima”. Neste último dia não partiu Frederico Figueiredo, vítima de uma fractura no pulso no dia anterior. Subiu ao top 10 Daniel Silva, permitindo à formação boavisteira ter 3 elementos no top 10 da geral. A estrutura da W52/FC Porto somou o 7º triunfo consecutivo na Volta a Portugal, um domínio retumbante no ciclismo nacional que está complicado de ser desfeito.
O domínio da equipa “caseira” foi acentuado hoje, 6 ciclistas no top 10 da etapa e 4 no top 5 da geral. Vitória na classificação por pontos graças a Daniel Mestre e na classificação colectiva devido à incrível prestação de hoje, recordando que a equipa partia com quase 3 minutos de atraso para a Rádio Popular/Boavista, que ficou com a classificação da montanha de Luis Gomes. Na juventude a camisola branca também se discutiu ao segundo. Ficou no corpo de Emanuel Duarte por uma unha negra, 1 segundo sobre Urko Berrade da Euskadi/Murias. E assim ficou completo o pleno de camisolas para ciclistas portugueses nesta Volta a Portugal.