Havia muita curiosidade para ver a atitude do pelotão nesta perigosa e explosiva etapa de média montanha no Giro e logo nos primeiros quilómetros destacou-se um grupo de 9 unidades, mas sem ninguém de perigo para a geral, Luca Mozzato, Dries de Bondt, Lorenzo Milesi, Lorenzo Germani, Chris Hamilton, Fran Miholjevic, Sven Erik Bystrom, Mattia Bais e Filippo Magli. No grupo principal havia várias equipas interessadas, Q36.5 para Pidcock, Visma para van Aert e Lidl-Trek para Pedersen assumiram o controlo da corrida e nunca permitiram uma vantagem muito grande.
A surpresa veio por parte da Ineos, que deu tudo para desfazer o pelotão a cerca de 50 kms da meta, inclusivamente colocando ao trabalho Thymen Arensman. Os sprinters ficaram quase todos em apuros, sobreviveram 30 a 40 ciclistas no topo. Germani foi o único resistente da fuga e nos últimos metros da subida teve a companhia de Cristian Scaroni. O duo transalpino voou descida abaixo e aproveitou alguma hesitação do pelotão para ganhar cerca de 1 minuto.
A UAE reuniu as tropas, organizou-se e começou a forçar o ritmo, especialmente na aproximação ao sprint bonificado. Scaroni ainda passou na frente, mas depois foi vantagem para a UAE, 4 segundos para Juan Ayuso e 2 para Isaac del Toro. Foi na descida nessa colina que ganharam algum espaço Romain Bardet e Mathias Vacek, um duo que obrigou a Visma e a Alpecin a trabalho extra antes da última subida.
Foi a Alpecin que entrou a todo o gás em Vicenza, só que Quentin Hermans ficou demasiado cedo na frente e na prática fez um lançamento para os sprinters que estavam na sua roda, Mads Pedersen lançou o sprint ainda bem longe da meta e fomos presenteados com uma grande batalha entre o dinamarquês e Wout van Aert, que não desistiu até à linha de meta, não conseguindo bater o corredor da Lidl-Trek. Isaac del Toro foi, de longe, o melhor dos candidatos à geral, não só fez 3º na etapa como ainda ganhou 3 segundos de corte para muitos dos rivais. O mexicano tem agora 38 segundos para Juan Ayuso e 1:18 para Tiberi.