A clássica belga Brugge-De Panne, uma prova destinada para os melhores sprinters do mundo, com 207,9 quilómetros de extensão, marcava o regresso das clássicas do norte, na Bélgica, após a Omloop. Está, cada vez mais, a aproximar-se aquela fase da época, sempre especial, para os classicómanos.
Foram apenas três ciclistas corajosos a integrar a fuga: Enrico Battaglin, Dimitri Peyskens e Jens Reynders. A fuga chegou a ter uma vantagem de mais de seis minutos para o pelotão. A Quick-Step Alpha Vinyl, Arkéa-Samsic e Alpecin-Fenix trabalhavam no grupo dos sprinters. A 70 quilómetros da meta, a diferença já era muito curta, com uma margem de apenas 2m20s. Estava destinada ao fracasso, visto que havia muita gente importante e interessada na vitória, dentro do pelotão.
A fuga seria mesmo alcançada a 30 quilómetros da meta. A Trek-Segafredo e a Team BikeExchange chegavam-se à frente também. Eram várias as equipas a vir para a dianteira do grupo principal, todas as formações queriam posicionar os seus líderes bem na dianteira.
Pascal Ackermann caía já dentro dos dois quilómetros finais e ficava de fora da luta pela vitória. Jonas Rickaert vinha para a frente na tentativa de lançar Tim Merlier. A Quick-Step tinha elementos na frente, mas não havia Cavendish, que estava mal posicionado.
Acabou por ser um sprint “mano a mano” entre Merlier e Dylan Groenewegen, com o belga a levar a melhor. No final, foi mesmo no photo-finish que foi confirmado o vencedor, com o triunfo a ser entregue a Merlier, sucedendo assim a Sam Bennett como vencedor desta clássica WorldTour. Nacer Bouhanni fechou no terceiro posto. O único português em prova, Rui Oliveira, fechou no 71.º lugar.