Dia de maratona no Giro! Mais de 225 quilómetros de etapa, em mais um dia para os sprinters brilharem. Teremos nova surpresa ou será Mads Pedersen capaz de vencer pela 4ª vez?
Percurso
A grande maratona do Giro deste ano surge ao 6º dia. 227 quilómetros, numa etapa que pode ser dividida em duas fases. Os primeiros 145,5 quilómetros são sinuosos, têm quase todo o acumulado da etapa, incluindo 2 contagens de montanha e mais alguns pequenos topos não categorizados. Logo a abrir 4,9 kms a 4,3%, depois Valico di Monte Carruozzo (19,8 kms a 3,7%), outra subida de 5 kms e, por fim, Monteforte Irpino (14,6 kms a 2,2%).
Tudo isto termina a 81,5 quilómetros do fim pelo que será inofensivo. Focando no final em Nápoles, este é bastante simples. Uma curta subida a 3 quilómetros que à velocidade que os ciclistas irão fazer nem se vai notar é a gande dificuldade, já que a reta da meta tem 900 metros de exntesão, em estrada larga, e fica antecedida por poucas viragens. Um final a grande velocidade.
Táticas
Uma etapa longa que deverá demorar bastante a passar. Apesar das dificuldades montanhosas na primeira fase, ainda fica a restar bastante até à chegada a Nápoles. Só a Lidl-Trek teria interesse em endurecer a corrida, no entanto numa equipa já com menos 1 elemento e ainda com 80 quilómetros para o final não o vemos a acontecer. Portanto, o filme será idêntico ao da etapa de ontem, uma fuga muito curta, com equipas ProTeams italianas. No final, a confusão será muita, devido à estrada larga e com poucas curvas, muitos comboios quererão estar bem posicionados.
Favoritos
Olav Kooij esteve algo perdido na primeira etapa, sentiu a falta de Wout van Aert, apenas com Edoardo Affini a tarefa foi muito mais complicada. Num final mais acessível, o belga deverá estar presente e guiar o seu sprinter para uma melhor posição. Lançado da frente dificilmente será batido, é o puro sprinter mais rápido deste pelotão.
A Decathlon AG2R trabalhou muito bem o final de ontem, apenas falhou no momento mais importante. Sam Bennett estará confiante no seu comboio, mostrou muita capacidade para alongar o pelotão na parte final. Tord Gudmestad já fez lançamento extraordinários esta temporada e um final a alta velocidade são boas notícias para o irlandês.
Outsiders
Depois de ontem, é difícil não colocar Casper van Uden entre os principais candidatos. A Picnic Post NL esteve perfeita, estudou o final na perfeição e, agora num final mais simples, não há muito para inventar. Bram Welten guiou o seu líder na perfeição, se amanhã o voltar a fazer pode repetir vitória. Não será tão fácil, os adversários estão avisados e não deverá existir tanta confusão, mas Van Uden tem uma ponta final rapidíssima.
Este final podem ser boas notícias para o extenso comboio da Alpecin-Deceuninck. Kaden Groves esteve sempre bem posicionado até aos momentos decisivos, depois viu-se que tinha uma velocidade de ponta rápida mas já era tarde. Num final mais acessível, Jensen Plowright, Timo Kielich e Edward Planckaert podem funcionar melhor.
A dureza inicial da etapa vem a favor de Mads Pedersen. O dinamarquês também gosta de dias muito longos em cima da bicicleta, uma forma de desgaste para os seus rivais que, em teoria, são mais rápidos. Sempre muito atento e bem posicionado, o maglia rosa quererá estar bem colocado, se possível na roda de Kooij e, a partir daí, tudo é possível.
Possíveis surpresas
Matteo Moschetti – um final a alta velocidade favorece o italiano. Guiado por Emils Liepins, Moschetti está mais perto de ficar bem colocado, terá de aproveitar esta grande oportunidade.
Milan Fretin – estará um pouco sozinho, mas num final relativamente simples não sairá tão prejudicado. Foi dos primeiros a descolar hoje, talvez já reservando energias para dias mais importantes.
Maikel Zijlaard – excelente sprint no dia de ontem, sabe-se posicionar muito bem devido a ser um grande lançador. Amanhã não será tão fácil, o final favorece ciclistas mais potentes.
Paul Magnier – num final sem grandes curvas terá mais hipóteses, já que o posicionamento é o seu calcanhar de Aquiles.
Max Kanter – fez um bom sprint na 4ª etapa mas acabaria relegado. Estará mais motivado do que nunca para provar que consegue estar entre os melhores.
Giovanni Lonnardi – ainda há procura do primeiro top-10 neste Giro. Um ciclista que costuma ser muito regular e posicionar-se bem, deverá apontar aos 10 melhores.
Gerben Thijssen – será desta que consegue aparecer? Num final relativamente simples, o belga tem de mostrar serviços, as etapas ao sprint já vão passando e a aposta da Intermarché-Wanty é em conseguir bons resultados aqui.
Orluis Aular – especialista em sprints de pelotão mais reduzido, amanhã será uma questão de velocidade de ponta e o venezuelano está muito abaixo da concorrência.
Corbin Strong – na mesma categoria de Aular, o top-10 já será um bom resultado.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Matevz Govekar e Jensen Plowright.