2017 marcou um ano diferente na carreira de Rui Costa. Pela primeira na carreira, o poveiro não iria ao Tour de France focando-se nas restantes duas Grandes Voltas, onde iria fazer a sua estreia. A temporada estava a ser positiva, venceu na Vuelta a San Juan, foi 2º em Oman e ganhou a geral do Abu Dhabi Tour. A confiança estava em alta e o objetivo era claro: vencer uma etapa no Giro.



Após uma primeira semana mais discreta, chegava a 11ª etapa. Um dia duro, com 4 contagens de montanha mas que não terminava em lado, mesmo ao jeito de Rui Costa. Sabendo disso, o português esteve muito ativo durante todo o dia, numa etapa que teve 27 elementos na fuga.

Pierre Rolland, Omar Fraile, Mikel Landa, Giovanni Visconti e Andrey Amador eram alguns dos principais nomes que seguiam na frente num grupo onde a colaboração nunca foi muita. Com isso, os dois bascos, Landa e Fraile, fizeram uma aliança, atacavam ainda na primeira metade da etapa e ganhavam tempo considerável. O pelotão, liderado pela Team Sunweb no camisola rosa Tom Dumoulin, seguia o seu ritmo pois ninguém perigava a liderança do holandês.



A 40 quilómetros da chegada, o duo basco era apanhado. Foi na última subida do dia que choveram os ataques na frente. Rui Costa, Pierre Rolland e Laurens de Plus foram dos mais ativos com o francês da Cannondale a ganhar alguma vantagem até ser ultrapassado por um endiabrado Omar Fraile que partia em solitário para a descida.

A diferença era curta e Rolland encostava na descida. Também Rui Costa nunca desistiu e chegava à frente, com Tanel Kanger a fazer a ponte bem perto do quilómetro final. Este quarteto tinha uma curta vantagem para a restante fuga mas os metros para a meta eram cada vez menos, pelo que o triunfo estava na frente. Kangert foi o primeiro a lançar o sprint, com Omar Fraile a passar o ciclista da Estónia a 200 metros da meta. Rui Costa bem tentou ultrapassar o espanhol, estava na sua roda, mas não houve capacidade para tal, ficando-se pelo 2º posto. Pierre Rolland fechou o dia no lugar mais baixo do pódio.



Um dia de génio de Fraile, que atacou do início ao fim do dia, tendo forças para vencer a etapa à frente de ciclistas, que também se mostraram muito ativos. Para Rui Costa, esta era a primeira vez que aparecia na frente no Giro mas não seria a última uma vez que até ao final da Grande Volta italiana ainda iria bater na trave por mais duas vezes, com mais dois segundos lugares.

 

By admin