Slovakia's Peter Sagan celebrates after winning the 116th edition of the Paris-Roubaix cycling classic, a 257,5 kilometer (160 mile) one day race, with about 20 per cent of the distance run on cobblestones, at the velodrome in Roubaix, northern France, on Sunday, April 8, 2018. Switzerland's Silvan Dillier finishes second. (AP Photo/Michel Spingler) ORG XMIT: ENA102

Já aqui recordámos o primeiro Monumento ganho por Peter Sagan na sua carreira, o Tour de Flandres de 2016. Logo aí, referimos a falta de provas desta dimensão no seu currículo. O eslovaco é sempre o alvo a abater, devido à sua versatilidade e, por isso, tem que correr de uma maneira mais fria, algo que nem sempre acontece.



Muitas vezes, Sagan expõe-se em demasia o que acaba por levá-lo a desgastar-se em demasia, não conseguindo cumprir o seu objetivo final. Quando ganha é porque é, de longe, o corredor mais forte e não porque é mais astuto que os outros. No entanto, a vitória que aqui vamos recordar até foi um raro exemplo em que o eslovaco foi audaz e, também, o mais forte.

Não que Peter Sagan tenha anos maus, no entanto 2018 foi o seu último grande ano, vencendo em praticamente todo o lado. Ganhou no Tour Down Under, na Volta a Suíça, foi campeão nacional, venceu por 3 vezes no Tour, onde somou nova camisola verde, triunfou na E3 Harelbeke e, principalmente, juntou mais um Monumento ao seu currículo.

A Quick-Step voltava a ser a equipa a abater e fez uso das suas variadas cartas. Philippe Gilber atacou no Troueé d’Arenberg e Zdenek Stybar contra-atacou quando o belga foi alcançado no entanto estes ataques foram em vão, já que não resultaram em grandes estragos. Faltavam 55 quilómetros e ainda muitos setores de pavê pela frente mas nem isso impediu um ataque que surpreendeu todos.



O campeão do Mundo ataca, não tinha resposta de ninguém e, rapidamente chegava ao que restava da fuga com Jelle Wallays, Silvan Dillier e Sven Erik Bystrom. A QuickStep via-se obrigada a mexer e Niki Terpstra atacou em Mons-en-Pevele, partindo o grupo perseguidor, que já estava a 1 minuto da frente.

A diferença não descia, pelo contrário, até aumentava, ao passo que na frente Wallays ficava para trás. No último grande setor, em Carrefour de l’Arbre, Sagan bem tentou deixar Dillier para trás mas não o conseguiu fazer. Já o grupo perseguidor ficou ainda mais reduzido, com Terpstra, van Avermaet, Stuyven e Vanmarcke a serem os mais diretos perseguidores.

Até ao final a situação de corrida não se alterou e a entrada no velódromo de Roubaix foi feita com Silvan Dillier na frente. Peter Sagan não saiu da roda do campeão suíço até aos 150 metros finais, altura em que lançou o seu sprint para conquistar o primeiro Paris-Roubaix da carreira, . Silvain Dillier, vindo da fuga do dia, foi 2º. Niki Terpstra deixou os seus adversários para trás fazendo 3º.

Ao cruzar a linha de meta, Peter Sagan soltou um grito de raiva, libertando toda a tensão que tinha acumulada pois finalmente conseguia vencer mais um Monumento após tanto bater na trave. Bem se pode criticar que Sagan quando ataca em vão e responde a todos os seus adversários, mas neste Paris-Roubaix esteve perfeito. Sentindo o perigo da Quick-Step, surpreendeu, atacou de longe e conseguiu triunfar. Mais uma vez, foi preciso ser o mais forte para vencer!




 

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