Mais um dia brutal de ciclismo no Tour de France, com 3 das mais míticas subidas dos Alpes franceses, numa etapa que em parte já foi passada no Criterium du Dauphiné deste ano. Início logo a subir para o Col du Galibier, com Neilson Powless a dar o tiro de partida para a fuga do dia. O norte-americano da EF Education recebeu a companhia de Nelson Oliveira, Anthony Perez, Sebastian Schonberger, Kobe Goosens e Matis Louvel. As primeiras rampas do Galibier viu Georg Zimmermann, Louis Meintjes e Giulio Ciccone atacarem, com os dois últimos a fazerem a ponte para a frente mas já na descida pois Perez passou isolado no topo.



Durante a descida, o grupo da frente voltava a unir-se e, a eles, também se juntavam Chris Froome e Tom Pidcock, corredores que tinham atacado no final da subida e na descida respetivamente. No pelotão, a descida foi feita de forma mais tranquila o que permitiu à escapada entrar com 7 minutos de vantagem no Col de la Croix de Fer.

A situação de corrida manteve-se estável até aos derradeiros 5 quilómetros da Croix de Fer, quando Pidcock decidiu aumentar o ritmo na frente, o que fez com que metade da fuga cedesse, deixando na sua companhia apenas Meintjes, Powless, Froome e Ciccone. Aos poucos, a Jumbo-Visma também foi aumentando o ritmo no pelotão, passando no topo da subida a 4:15.



Tal como aconteceu na descida do Galibier, também aqui a fuga arriscou mais, com Pidcock a comandar o grupo, voltando a alargar a vantagem para os 6 minutos. Ainda nos primeiros quilómetros do Alpe d’Huez, Pidcock mostrou-se o mais forte, arrancando para uma aventura em solitário.

Sempre a um bom ritmo, Pidcock fez uma subida constante, foi aumentando a vantagem para os seus rivais e, no final, celebrou o triunfo no topo da mítica subida. Meintjes foi 2° a 48 segundos e Froome, na melhor exibição em anos, foi 3° a 2:08

No grupo dos favoritos foi sempre a Jumbo-Visma a impor ritmo, foi reduzindo o grupo com Quintana, Gaudu, Bardet e Yates a ficarem à vez para trás, deixando apenas Vingegaard, Kuss, Pogacar, Thomas e Mas no grupo, isto até os dois tubarões se atacarem mutuamente a 3200 e 1400 metros do fim. Os dois ficaram sozinhos mas sem colaboração os restantes voltaram a colar em ambas as ocasiões.




Pogacar, Vingegaard e Thomas não conseguiram fazer diferenças no final, chegando juntos a 3:23. Mas chegou a 3:26, Bardet a 3:42, Yates a 4:01, Gaudu a 4:17 e Quintana a 4:44. Vingegaard passou o primeiro teste e segue de amarelo, agora com Pogacar em 2° a 2:22 e Thomas em 3° a 2:26.

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