O último dia da segunda semana foi bem mais animado do que o esperado neste Tour e tudo começou por uma frenética luta para entrar na escapada. Wout van Aert, Nils Politt e Mikkel Honoré fugiram e ganharam mais de 1 minuto, e quando tudo parecia estabelecido houve mais 20 quilómetros de loucura, chegando a estar Tadej Pogacar num grupo ligeiramente atrasado. Acabou por haver tréguas no pelotão e apareceram as equipas dos sprinters (Trek-Segafredo, Alpecin-Fenix e BikeExchange) a controlar a diferença sempre de perto, nos 2 minutos.
Wout van Aert acabou por abdicar desta tentativa e foi absorvido pelo pelotão, sendo que o dia de Jumbo-Visma começou o dia amaldiçoado quando a cerca de 65 kms da meta o camisola verde Wout van Aert foi ao chão juntamente com Steven Kruijswijk, numa queda que obrigou ao abandono do holandês, que se juntou a Primoz Roglic, que não começou a etapa para recuperar das lesões sofridas. O dia passou de mau a terrível quando alguns quilómetros depois Jonas Vingegaard também foi sentir o asfalto, numa queda onde Tiesj Benoot também esteve envolvido. Vingegaard acabou por recuperar posição no pelotão ajudado pelos companheiros de equipa e na última contagem de montanha Politt e Honoré foram alcançados por um ofensivo Jonas Rutsch.
A Trek-Segafredo continuou o duro trabalho que fez durante todo o dia neste subida e descarregou a maioria dos sprinters, deixando para trás Jakobsen, Ewan e Groenwegen, enquanto o único colega de Vingegaard que restava era Wout van Aert. Nos metros finais da montanha atacaram os franceses Benjamin Thomas e Alexis Gougeard, que ganharam cerca de 30 segundos face a um pelotão que tentava resistir à entrada de mais sprinters, já que Groenewegen, Kristoff e Mozzato vinham ainda relativamente perto.
O esforço da BikeExchange foi de certo modo recompensado quando a 26 kms do final conseguiu recolar à frente o seu sprinter. A situação manteve-se assim até aos últimos 10 kms, quando as equipas dos favoritos se chegaram à frente com o medo das bordures, o que também diminuiu drasticamente a vantagem de Thomas e Gougeard. O ciclista da Cofidis foi o último resistente e só foi apanhado dentro do quilómetro final, com o sprint quase lançado.
Foi Jasper Stuyven a colocar Mads Pedersen numa posição primordial na guerra entre os homens rápidos, o ciclista da Trek-Segafredo foi ultrapassado já dentro dos últimos 100 metros por Jasper Philipsen e Wout van Aert, um de cada lado, com o ciclista da Alpecin-Fenix a superar Wout van Aert e Mads Pedersen por uma margem reduzida. As contas da classificação geral mantém-se inalteradas. Sagan foi 4º e van Poppel 5º.